quinta-feira, 2 de julho de 2009

Sinto-me fechado num círculo



Sinto-me fechado num círculo
Envolvido em quatro paredes desalinhadas
Tudo á minha volta, nada mudou
Nem tão pouco eu, que ainda aqui estou
Se me levanto, meus passos são as pegadas
Marcadas num espaço, mesmo se eu der um pulo

Bem sei que a liberdade, vive aqui
Mas liberdade, é sentir o vento passar
Ver o sol raiar, e a lua subir
Abrir os braços ao mundo e num grito se exprimir
O ponto máximo da liberdade, eu insisto é sonhar
O do ser humano é que é alcançar

Fechei-me num círculo, pouco maior do que eu
O qual expandi p’las galáxias a fora
E não encontrei palavras, para descrever
Tudo aquilo que por lá eu pode ver
Naquele pequeno segundo, daquela hora
Algo em mim cresceu ou algo morreu

Lá no fundo estive fechado neste balão
Eu fechei a porta, eu tenho a chave
Mas posso abri-la com o coração
Assim como as portas de onde eu nunca estive