segunda-feira, 10 de maio de 2010

Adolescência


Adolescência que não voltas
Nas revoltas desta vida
Todas estas contravoltas
Largam a alma entristecida

Hoje eu não sou o que poderia ter sido
Sou este compasso que me guia
Por este solo empobrecido
Onde sou o que não queria

O que outrora nem sequer ideei
Nos tempos de lhe por as mãos
Presentemente sei o quanto divaguei
Por carência de muitos nãos

Vamos Lisboa é p’ra frente
Camaradas é a minha nostalgia
A gente là ia contente
Mas findou essa magia

Agora a vida não tem essa cegueira
Está tudo a nu e limpo no que se avista
Agora estar jovial não é brincadeira
Mas isso já vai do ponto de vista

Quase nunca sei se estou feliz
E se sei não é felicidade
É quando me encontro infeliz
Pois não sou feliz de verdade

Ocorre sempre uma ausência
Uma carência uma derrota
Um falso amor ou demência
Na vivencia que a alma lota



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