sexta-feira, 7 de maio de 2010

O sonho que eu componho


Sinto que cresço com um sonho
E que esse sonho cresce comigo
Um devaneio que è meio tristonho
E mesmo assim o abrigo

È para mim asilo ou refugio
Que ao coração dá guarida
Quando se abate o suplicio
Desta alma ou desta vida

Com um caminhar abstruso
Vagaroso, silencioso e lento
Passos do um ente confuso
Passos de um leve vento

Passos que dou sem saber
Mas a carência me ensinou
O homem a sós pode aprender
Mas sozinho nunca conquistou

Solidão é nada
Nada é a solidão
O ser que tem a alma amparada
Tem como amigo o coração

Mas é insuficiente para conquistar
Coisas que a solidão repele
E para o homem se dignificar
Também depende da sua pele

Da face, das mãos dos braços
Dos pés, perna e narina
Todos no lugar inviolados
Pela vida que os gemina

Esta é a nossa realidade
Por isso eu vivo este sonho
Isentando-me da verdade
Destes versos que componho

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