A minha evolução
Troca a caneta pelas teclas
E teclo, teclo muito sem parar
É devagar mas o mais rápido, que posso
Já tirando as letras, que tenho de apagar
P’ra mim sou rápido, mas sei que sou lento
O pensamento tem a mesma lentidão
Paro em reflexão e paro para escrever
Mas só quando morrer, pára a alma e o coração
Um lento andar, que não fica quieto
Sempre irrequieto, por não ter descanso
Um passo para trás e dois passos para a frente
No meu depressa vou devagar e não me canso
Sinto a falta da caneta, do toque dela em minha mão
Eu não me canso porque de cansaço eu vivo
Sei que o não vou reviver, no meu caderno fiel
É só papel da imaginação, pela qual eu me motivo
Será uma introspecção, será por ai um poema
Um dilema meu, por não saber bem o que sou
Mas, de linha a linha, de letra a letra, de verso a verso
Imerso, posso submergir com as asas de quem vou
Não sei se sou simples, ou se sei ter simplicidade
Ou se a simplicidade, é coisa que eu não tenho
Assim com não tenho a caneta, entre os dedos
Com a qual sem medos o pensamento, nunca retenho
A vida...
Há 4 anos